Campismo selvagem

Ontem centenas de camponeses do sul do Burkina Faso fugiram para a vizinha Nigéria, foram acolhidos num campo de refugiados a 15Km da fronteira. As razões para esta fuga ainda estão por esclarecer. O ministro do interior do Burkina Faso disse ao nosso Blog que a situação está perfeitamente identificada e não existem razões para preocupações, pois segundo este responsável os cerca de 550 camponeses “foram comprar um maço de tabaco ao país vizinho”. As organizações humanitárias não são da mesma opinião e desconfiam que existem outras razões para este fluxo de refugiados, embora não tenham ainda avançado com qualquer justificação.
António Guterres, o mais alto responsável pelos refugiados em todo o mundo já deu uma conferência de impressa improvisada na parte de trás da sua tenda de campismo (tamanho familiar) estacionada a 100 metros da praia dos Tomates. Guterres iniciou o diálogo com os jornalistas pedindo desculpas não esclarecendo a quem se dirigia este pedido, em seguida o ex primeiro-ministro iniciou um longo monólogo de 15 horas e 38 minutos, tendo referido por 825 vezes que é necessário restabelecer um diálogo esclarecedor entre todos. KuKulane, líder dos refugiados já respondeu a Guterres dizendo “Que diálogo? Nós não entendemos uma palavra que o Sr. Guterres diz!” Gostava de relembrar que esta também foi a razão que os portugueses apontaram para a queda do governo chefiado por António Guterres.
Guterres não esclareceu aos jornalistas se ia abandonar o campismo selvagem para viajar de encontro aos refugiados e esclarecer toda esta situação. Uma fonte próxima de um familiar afastado de António Guterres adiantou que este ia imediatamente levantar acampamento uma vez que os 5 frascos de repelente tinham acabado. Mais uma vez quem sai prejudicado de tudo isto são os refugiados, as melgas e os mosquitos. HM